Uma das profissões de maior peso e importância na formação educacional, a de pedagogo, será celebrada no próximo domingo, 20. Instituída pela Lei nº 13.083/2015, a data é uma forma de reforçar a importância dos profissionais que planejam, executam e coordenam tarefas distintas, e muitas vezes complexas, na área de educação, sempre em busca da excelência. A data tem, entre os seus inúmeros objetivos, o de fortalecer o debate do papel das famílias e escolas no desenvolvimento geral das crianças e jovens estudantes, delimitando as responsabilidades de cada um e, ao mesmo tempo, criando alternativas que ofereçam um ensino de qualidade e levem-nos a uma boa formação profissional e, acima de tudo, humana. Para festejar o dia, o pedagogo Alexandre Paiva, 41 anos, contou um pouco da sua trajetória, que, entre outras metas, consiste em dedicar-se com amor e presteza à profissão. Formado em pedagogia, com habilitação em orientação educacional e administração escolar, pela Universidade Católica de Brasília (UCB), e pós-graduação em orientação educacional, pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), ele é servidor concursado da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) há dez anos e, desde então, tem se dedicado à orientação pedagógica. “Depois de formado, fui trabalhar na área de treinamento até ser nomeado pela SEDF, em 2008. No momento, estou atuando como pedagogo, na orientação educacional, na Escola Classe 405 Norte, por meio do concurso feito para o cargo”, explicou. O interesse pela área surgiu do gosto que sempre teve pela educação. “O que me levou a escolher essa profissão foi a possibilidade de contribuir, de alguma forma, para um futuro melhor para os nossos filhos e a sociedade”, disse. Apesar do relativo pouco tempo de atuação na carreira, uma década, Alexandre tem boas estórias guardadas na memória. Uma é especial: o resgate da dignidade por meio da educação. Relembrando o fato, ele entende cada vez mais a importância do trabalho que desempenha, consideradas as complexidades e diferenças no universo de crianças e jovens. “Houve uma reunião na antiga escola onde trabalhei e, quando eu e a diretora conversávamos com a mãe de uma aluna, ela disse que o filho mais velho dela só estava no caminho certo porque eu havia dito a ele que matar aula e ficar pela rua não daria futuro algum”, recordou. Alexandre confessou que no momento teve uma certa vergonha, mas admitiu que foi algo que o marcou, porque essa mãe tinha cinco filhos e sabia da seriedade do trabalho da escola e como era o seu serviço. Situações como esta, ele disse, fazem a diferença no sentido de unir os bons profissionais em prol dos estudantes. Sobre a carreira, ele falou dos desafios a serem enfrentados e mostrou ânimo para superá-los. “A comunidade está percebendo a necessidade do pedagogo nas escolas, mas precisamos melhorar o quantitativo de profissional por aluno e a rede que atua em parceria com as escolas, como conselho tutelar, centro de saúde, CRAS e CREAS”, defendeu. Base – Questionado sobre se é mais fácil trabalhar na educação de crianças ou jovens adolescentes, Alexandre Paiva foi direto: prefere os primeiros. “Eu gosto de trabalhar com crianças porque é a base do futuro cidadão e você ainda consegue mudar o que está de errado neles. Isso tem muito a ver com a afinidade da pessoa. Conheço outros pedagogos que preferem trabalhar com os jovens”, revelou. Apesar das dificuldades, comuns a todas as carreiras, ele deixou uma mensagem positiva sobre o Dia Nacional do Pedagogo, principalmente no que diz respeito ao reconhecimento e à visibilidade. Para Alexandre, é preciso prudência para evitar decepções e coragem para superar os obstáculos. “Saber que você conseguiu plantar uma sementinha naquela criança é bastante gratificante, mas devemos ter em mente que não vamos mudar o mundo, uma vez que devemos trabalhar em parceria na escola e fora dela. Temos que fazer o que está ao nosso alcance para uma educação de qualidade”, atestou.